Escrito por F. Boehl e Phelipe Cruz




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Rio de Janeiro, Brasil



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Tudo chega a um fim. E neste caso, um fim cheio de pontos de interrogação. O último conto está aqui embaixo, junto com o erro do blogger, que resolveu invadir todos os outros. Agradecemos a audiência e todo o carinho demonstrado por nossos queridos leitores. A vida é bela. Só as mães são felizes. Cheirem minha virilha!

 
Todo mundo adorava M?rcio. Estava sempre sorrindo, sempre disposto a ajudar. Pagava as contas de todo mundo no banco. Nunca enfrentava fila. Chegava na agência e ia direto no caixa. Até as velhinhas deixavam ele furar a fila. Era deficiente f?sico. Mancava da perna esquerda. Contudo, era bem humorado e fazia graça da pr?pria desgraça. Nas festas da empresa, sempre dançava a m?sica do momento. Desde cl?ssicos como a dança da garrafa a sucessos recentes como egüinha pocot?. Os colegas morriam de rir com as performances.

A ?nica pessoa que n?o gostava muito disso tudo era dona Suzana, a m?e do garoto. Sentia-se culpada porque esquecera de vacinar o filho contra a p?lio e deu no que deu. Do?a seu coraç?o ao ver M?rcio sendo tratado como office-boy de luxo ou, pior ainda, idiota.

- Filho, você n?o pode fazer isso. Isso n?o é vida.
- Isso o quê, m?e?
- Deixar as pessoas te usarem, te fazerem de palhaço.
- Queria que eu fizesse o quê? Foi o jeito que encontrei de agradar as pessoas! Ninguém gosta de um aleijado!
- N?o diga essa palavra! Você n?o é um aleijado.
- Sou sim! (Marcos mordeu os l?bios e semicerrou os olhos com raiva) Eu sou aleijado! Aleijado! Aleijado!
- Marcos!
- Me deixa, m?e!
O garoto saiu porta afora, caminhando t?o r?pido quanto podia. Dona Suzana correu atr?s:
- Filho! Meu filho!
Ele se virou, os olhos cheios de l?grimas:
- Que foi, m?e?
- Passa pelo Banerj e paga essa conta pra mim?